SÍFILIS

3/30/20253 min read

A bactéria Treponema pallidum é responsável por causar a sífilis, a mesma é derivada da família dos treponemataceae, sendo do gênero treponema. A inserção do treponema é causada por pequenas lesões resultadas de relações sexuais, em seguida a contaminação, a bactéria atinge o sistema linfático regional e, após atingir a corrente sanguínea o mesmo afeta o restante do corpo. Em resposta, e como forma de defesa surgem erosões e ulcerações no ponto de implementação, enquanto a disseminação no restante do corpo resulta na produção de complexos imunes circulantes que conseguem se depositar nos demais órgãos do corpo.

TRANSMISSÃO

A sífilis pode ser transmitida tanto pela via sexual, sendo conhecida como a via adquirida, quanto pela via congênita, que trata-se da contaminação de uma gestante contaminada para o feto.

ESTÁGIOS

Os sinais e sintomas da sífilis são divididos em estágios.

  • SÍFILIS PRIMÁRIA: é caracterizada por uma lesão específica, a protossifiloma, geralmente surge passadas três semanas da infecção. Trata-se inicialmente de uma brotoeja cuja cor é rosada, após um certo período esta se torna vermelho intenso evoluindo para uma lesão. Em geral, esta brotoeja não causa dor e também é única, não demonstrando manifestações de inflamação ou lesões na pele, ela possui bordas endurecidas, que decorrem a um fundo plano que é recoberto de material seroso. Ao passar-se quatorze a vinte dias é notável o aparecimento de uma reação ganglionar regional múltipla e bilateral, que irá contar com a presença de nódulos duros e indolores.

  • SÍFILIS SECUNDÁRIA: ocorre após período de seis a oito semanas, chamado período de latência. Com a distribuição bacteriana do T. pallidum por todo o corpo, a pele e órgãos internos serão afetados. Na pele, lesões chamadas de sifílides irão ocorrer.

  • SÍFILIS TERCIÁRIA: nessa fase os pacientes apresentam lesões localizadas que irão envolver as mucosas, pele, sistema nervoso e sistema cardiovascular. Em suma as lesões terciárias tem como principal característica a formação de gomas (granulomas destrutivos), podendo acometer o fígado, ossos e músculos.

  • NEUROSÍFILIS: a sífilis também pode acometer o sistema nervoso, podendo levar à inserção do T. pallidum até as meninges, esta inserção pode ser considerada precoce de 12 a 18 meses pós infecção. A neurossífilis é demonstrada pela persistência da infecção, pois neste momento o quadro da mesma estará estabelecido, que pode ter ou não sintomas. Quando a análise do líquido cefalorraquidiano ou LCR (líquor) não apresenta anormalidades a neurossífilis assintomática é definida, pois não irá apresentar a sintomatologia comumente apresentada pela infecção. A sífilis poderá não se manifestar nunca, ou então possivelmente evoluir para complicações do sistema neurológico do período terciário. É notável que as complicações mais adiantadas ocorrem no período secundário, tratando-se de mengéias agudas. Em quadros de apresentação meningovascular, a neurossífilis demonstra-se como encefalite difusa, podendo assemelhar-se erroneamente a um acidente vascular cerebral.

EPIDEMIOLOGIA

No ano de 2003 no Brasil, obteve-se uma estimativa de 843.300 casos da infecção por T. pallidum. A doença não se demonstra necessitar de notificação compulsória necessária, tendo em vista que os estudos epidemiológicos são realizados em grupos selecionados ou serviços que atendem a IST. Entre os anos de 1998 e 2004, os registros de casos de contaminação de sífilis congênita totalizaram o número de 24.448 casos.